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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rodolfo Ramos , o GUGU

» O Campeão Mundial 2008

Rodolfo Ramos, o Gugu, é o entrevistado e capa da edição 162 da Tribo Skate. Quando ele finalizou a entrevista e a revista estava no processo de diagramação, a World Cup Skateboarding anunciou-o Campeão Mundial de Street 2008. A WCS o pegou de surpresa. Gugu nunca havia planejado o título.
Esse é o complemento da entrevista que saiu na revista e ela contextualiza o momento. Foi feita nos bastidores dos estúdios da ESPN, em São Paulo, logo após deixar suas marcas na Calçada da Fama.

Gugu, agora você está na Calçada da Fama, da ESPN Brasil. Isso é fruto do seu título mundial. Você esperava esse título?
Na vida inteira não achei que o skate ia me dar outra coisa além de prazer. Nunca corri atrás pra ganhar o circuito mundial, tanto é que, eu nem sabia quais etapas valiam para o ranking. Me avisaram de última hora, eu nem sabia. Foi super inesperado.

Quando começou o circuito você não tinha noção de que algumas etapas valiam para o ranking e você estava no game?
Não sabia. Não sabia que os X Games valiam, o Maloof - que não me deixaram correr – também, eu não imaginava que computassem para o ranking. O único que eu sabia mesmo foi o de Berlim, no final do ano, que eu ganhei e o Piolho (Carlos de Andrade) ficou em segundo. Porque, no chão da pista tinha o logo da WCS gigante. Só que as outras etapas eu nem fazia ideia mesmo.

Você é o terceiro brasileiro a ganhar o título de campeão do mundo de street. Os seus antecessores foram Piolho e depois Ferrugem, você é o terceiro paranaense. Você tinha se ligado nisso?
Sabia que o Piolho tinha conseguido em 2001, eu lembro. Na minha opinião, foi o ano mais difícil, porque muita gente corria o circuito. Todo mundo ia pros eventos, principalmente os da Europa. O Ferrugem, eu sabia meio por cima, só que eu nunca prestei muita atenção nisso.

E, no caso, esse "reconhecimento" ajuda na assinatura dos contratos, renovações, ou é apenas um fruto colhido do seu trabalho?
Com certeza, ajudar, ajuda. Especialmente aqui no Brasil ainda, sendo um atleta que tem um título de campeão mundial 2008. Com certeza me ajudou e vai me ajudar ainda.

Quais vídeos você participou recentemente?
Então, a Hurley tinha um projeto de lançar um vídeo no começo desse ano. A gente ficou filmando muito tempo. E não sei o que aconteceu, eles deram uma segurada, não vão lançar agora. Mas tô sempre filmando direto nas ruas.

Você não sabe se esse vídeo sai?
É, não sei se ele sai ou não. Mas imagens de arquivo tem muitas.

E pra outras marcas que você atua, o que mais você tem de trampo de vídeo nos últimos tempos?
De trampo de vídeos, o que eu tenho é trabalhos pra televisão. Só que eu tô salvando muitas imagens minhas. Eu tenho muitas imagens guardadas em casa. Espero só a oportunidade de fazer alguma coisa.

Sua atuação não é só em campeonatos. E no ano passado foram atuações em revistas internacionais também, né?
Em revistas, ano passado tive duas páginas duplas na The Skateboad Mag. Tenho também um material bom com o Heverton Ribeiro, que agora ele está com um espaço bom com as revistas lá fora. Quem sabe, esse ano sai alguma coisa também.

Tão na manga, então?
É. Estamos produzindo e vendo onde vamos lançar as coisas.

Model de decks, shapes, você tem?
Não tenho, mas tô com uma parceria bem legal com o Paul Schmitt, que tem um projeto bem legal nas escolas dos Estados Unidos, o Createaskate.org . Eu o conheci num evento, virou parceirão meu, do Bruno (Passos) e do Bob (Burnquist). E ele chegou pra mim e falou, "até você não conseguir patrocínio de shapes, que lhe dê um suporte bom, eu vou fazer todos pra você, do jeito que quiser". Faz dois anos que a gente tá com essa parceria e ele tá desenvolvendo uns shapes muito diferentes.

Tem gráfico?
O gráfico é só o logo do projeto dele, uma Ong.

É demais esse Create a Skate. Vai pra várias escolas e tem um site muito estilo. Site muito completo. E o cara tem 50 e poucos anos, continua andando de skate. Você chegou a andar de skate com ele?
Andei. Fiz uma sessão na casa dele. Ele é muito inteligente. Qualquer tipo de pergunta que você for fazer a respeito de um shape, ele consegue explicar. O tamanho de shape que você tem que usar, de acordo com o seu peso. E ele explica tudo, detalhe por detalhe.

Qual foi o seu melhor momento no ano passado? As turnês da Globe, algum evento específico que você mentalizou, foi lá, deu o rolê e foi bem?
A turnê da Globe marcou bastante. Eu nunca tinha ido pro Havaí. A gente foi pra lá também. Depois fomos pra São Francisco, foi legal pra caramba. As fotos tão na minha entrevista na Tribo Skate. O que marcou mais ano passado foi Havaí, São Francisco, que a gente produziu muito. Só tinha cinco dias pra ficar lá. E esse evento de Berlim. Eu nunca tinha ido pra lá também. Acabou que rolou a final eu e o Piolho num homem a homem. Foi muito legal.

Agora, pra encerrar, uma coisa que eu ouvi de você lá no início do ano e que eu achei bem legal, foi que você comentou que não ia mais ter a bagunça das filhas. Fala um pouco sobre elas, porque as vezes as pessoas nem sabem que você é pai.
Eu tenho uma filha de sete anos, e ela tem uma irmã de oito, que é filha de um outro rapaz. No começo do ano foi aquela festa, eu fui lá buscar elas (no Paraná) e elas ficaram duas semanas em casa (em Florianópolis). Super feliz, meus pais também animados.

Sua entrevista na Tribo tá bem puxando pra esse lado da família, mas não falou justamente das suas crias.
Elas são lindas, vou até mandar fotos pra vocês. Vou ficar aqui em São Paulo essas duas semanas e depois vou lá ver elas de novo, antes de começar a viajar. Porque elas moram com a mãe delas, um pouco longe.






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